terça-feira, dezembro 08, 2009

Só tu não sabes

O meu sofrimento não tem fim só e tu não vias que eu vivia assim, por vezes não te importavas com o meu sentimento. A minha tristeza, o meu lamento e até mesmo que eu não fale do que sinto todo a gente o sabe...só tu sabes que tenho andado triste...(mas tu não sabes)...Tenho andado sozinho...(só que tu não sabes)...e por vezes chorado (mas tu não sabes)...(simplesmente não sabes ou não quiseste saber). Ai...tanta falta tu me fazes é que no peito não cabe tanta saudade. Os meus amigos dizem que eu mudei e perguntam-me onde foi que eu deixei, o meu sorriso e toda alegria que eu tive um dia, mas essa saudade na minha vida e até os amigos sabem (todos sabem, só tu não sabes). Sinto que fui abandonado (mas acho que tu não sabes), e vou sofrendo calado (mas tu também não sabes) e... vou vivendo deste jeito sem dormir direito (mas acho que não queres saber).Ai!...é demais tanta solidão e o meu peito é que sabe (Todos sabem, só tu não sabes). Quando chego em casa (só você não sabe)... as vezes fico sozinho no quarto a falar com as paredes a olhar para as nossas fotos(mas tu não sabes). Deste jeito eu não sou feliz já sofri tanto (Mas tu simplesmente não sabes). Uma coisa é certa (e tu bem sabes)e mesmo não dizendo (mas eu sei que sabes) que eu gostei tanto de ti e..(eu sei que tu sabes)e sei que sabes quanto (e finges que não sabes). Vem, sempre existe uma solução, vou sair dizendo que a felicidade (que tu não sabes)
vive bem mais perto (do que aquilo que tu sabes), posso não ser o homem certo
(e tu bem sabes), mas...o teu lugar no meu coração está desocupado.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Não queria dizer Adeus...

Não sei se depois de ti ficou dor, tristeza, revolta, mágoa, vazio, memória, saudade ou um amor maior... simplesmente não sei.
O que sei é que se passa um dia depois do outro, carregado de horas que se estendem e se dividem por minutos e segundos. E não há momento algum em que não lembre de ti. Um que seja... Creio que depois de ti nada mais será igual. Fazes-me falta, sabes?
Sinto-te a falta quando queria apenas que estivesses aqui. Quando sei que não estás.
Talvez por ti sinta todas as outras perdas como facas que se me espetam no peito e não me deixam respirar... que me deixam todas estas marcas, que cicatrizam devagar.
Perdi-te... e não queria ter de perder mais ninguem.
Não que alguem substitua o teu amor ou carinho, vê se me entendes, mas para me sentir amado e desejado. Alguem que gostasse de verdade de mim e permanecesse, mas... tu foste embora, todos vão embora... como se não me fosse permitido ter perto de mim alguem que eu ame...
Não sei se haverá uma forma certa de amar, a mim, parece-me que amo sempre da forma errada. É que as pessoas partem mas os sentimentos continuam em mim, invioláveis, intocáveis...como este amor e carinho que tenho por ti. Que me fez chorar e muitas vezes fez sentir que foi em vão. Perder-te foi perder uma parte de mim. Perder-te foi arrastar o sofrimento pela vida, mas tornar-me tambem numa pessoa melhor. Parece-te estranho?, por vezes a mim tambem. Hoje posso ser mais frágil mas tambem muito mais corajoso. Afinal, perdi-te e segui viagem mesmo carregado de uma angustia que não larga o peito. Sobrevivi, talvez, quero acreditar que sim...significa que irei caminhar de cabeça erguida apesar de todas as outras perdas que possa sentir.
Mas, apesar de tudo, hoje, sou capaz de amar de uma forma muito mais intensa. Talvez porque foi preciso que um alicerce desabasse na minha vida para entender que há coisas que não podem ser feitas nem ditas amanhã. Porque foi preciso perder-te para perceber que de repente tudo perde o sentido nesta vida tão fugaz. Que de nada vale guardar sentimentos, nem esconder a vontade de voar... Num segundo, fica nada. E pior que isso, um nada que já não podemos mudar. Quando chega o momento do fim, custa dizer a palavra, sabes? Só porque estamos a ditar um terminar no tempo. E fica tanto tempo, não achas?, fica tão longe, uma distância que não nos cabe no peito... estamos a declarar que não haverá mais nada, estamos a querer acreditar que ao dizê-la tudo fique mais simples, mais fácil de esquecer. Mas não fica... porque nunca aceitamos o fim de algo que amamos. Não dizemos a palavra porque nos dói, cá por dentro. Aprendemos a viver sem a dizer, a que magoa, a que fere, a que nos faz mal.
Como naquela noite em que te toquei as mãos já tão frias e se deu um nó na minha garganta e as lágrimas a transbordarem-me dos olhos por não querer aceitar, o chão a fugir-me dos pés, o coração espalmado por um sofrimento que não se consegue explicar... por não querer perder-te, por não admitir que te fosses embora assim, sem me olhares nos olhos enquanto te tentava dizia que te adorava. Ficou tudo suspenso... e por isso não te consegui dizer a palavra que ainda hoje arrasto comigo. Naquela noite não tive coragem para a dizer. Sabia que não te veria mais, mas mesmo assim, não fui capaz. E hoje tambem não o vou fazer...