terça-feira, abril 02, 2013

Liberdade

Percorro a calçada fria da cidade. As ruas alinhadas, as esquinas da espera.
Revejo-me em olhares, em gestos, em sons. Perco-me nas gargalhadas que oiço, nos sussurros que sonho, imagino serem aquelas mãos, ser o meu corpo que abraça.
Oiço o apelo da liberdade e deixo-me ir. Há muito que a amo, há muito que não a sinto em mim...
Nas janelas, as gotas da chuva demoram-se, chamando para o interior quem nelas reflecte. Cá fora na rua cruzam-se vidas em busca de um reflexo...O relógio marca um tempo, tempo esse já longo e frio, onde anuncia a chegada da noite. A cidade veste-se de inverno, veste-se e esperança, e...em cada esquina partilham-se vidas, partilham-se sonhos,,,
Tinha saudades tuas, saudades de me perder em ti, Gosto e voltar e saber que mantens o sorriso, que nada mudou entre nós...
Tinha saudades da minha liberdade, de me sentir eu mesmo, sem receios, sem mentiras ou preconceitos.