sexta-feira, outubro 27, 2006

Hino Do Fuzileiro


Eu num perfil fotografico

Como Outrora Cruzamos os Mares
E Lutamos Em Terras Sem Fim
Boinas Negras na Clara Alvorada
Entre o Rio de Lodo e o Capim
Nossas Boinas São Negras Tão Negras
Como as Trevas da Noite no Mar
Boinas Negras Manchadas de Sangue
Dos Amigos Mortos Além Mar
Desfilai Ó FUZILEIROS Mortos
E Juntai-vos Ao Nosso Cantar
Há Mil Sonhos Ainda a Viver
Mil Batalhas Ainda Por Ganhar
Recordai Companheiros Bolama
Recordai Cantanhês e o Cachéu
Onde Um Dia Acendemos a Flama
Que Nos Céus Da Guiné Se Perdeu
E o Zaire Ainda ao Longe Nos Chama
Chinuango Pergunta Por Nós
Nessa Angola Onde a Dor se Derrama
Fomos Dignos de Nossos Avós
Moçambique Nunca Esqueceremos
Quanto Sangue Deixamos Por Ti
Do Zambeze ás Terras do Niassa
Tua Voz Nos Dizia Venci
Quer Na Paz Quer Na Guerra Cantemos
O Orgulho de Quem Sabe Ser
Marinheiro e Soldado na Terra
Que Juramos Querer Defender
Como Sempre Gritemos Presente
Como Sempre Marchemos a Paz
Só Tem Pátria Quem sabe Morrer
Só Tem Pátria Quem sabe Lutar
FUZOS - PRONTOS
DO MAR - P´RA TERRA
DESEMBARCAR - AO ASSALTO
DESEMBARCAR - AO ASSALTO

domingo, outubro 15, 2006

Mais Razão Há Que Queira Eterna Glória Quem Faz Obras Tão Dignas De Memória




No Jardim do Campo Grande fardado de Branco
Em Tróia em Junho de 2006
Emblema Antigo e Actual das Forças Especial da Marinha (FUZILEIROS)Emblema do qual nos Orgulhamos Muito e que tanto sofremos para o conquistar "FUZILEIRO UMA VEZ , FUZILEIROS PARA SEMPRE"
A existência de Fuzileiros na Armada remonta a 1585 quando se estabeleceram núcleos de adestramento das guarnições das naus da Índia para o manejo da artilharia e da fuzilaria.


O Corpo de Fuzileiros tem a sua origem na mais antiga Força Militar constituída com carácter permanente em Portugal, sendo datada de 1621 a sua fundação, com a designação de "Terço da Armada da Coroa de Portugal", da qual os Fuzileiros actuais são legítimos herdeiros.

Desde aquela data até meados do Séc. XVIII, os "Soldados da Armada" ou os "Marinheiros do Fuzil", como eram naqueles tempos conhecidos os Infantes de Marinha, combateram no Brasil, na fronteira sudeste do território Nacional, constituíram guarnições para a Esquadra de Guarda de Costa e combateram ao lado de Lorde Nelson no Mediterrâneo, somando sucessos na luta contra Franceses, Holandeses e Espanhóis.


O Terço era considerado uma Unidade de elite, tendo sido designado pelo Rei D. João IV como a sua guarda pessoal. Em finais do Séc. XVIII, a organização operacional é alterada, articulando-se em dois Regimentos de Infantaria e uma Unidade de Artilharia, passando a designar-se por "Brigada Real da Marinha".

Em 1808, aquando da invasão das tropas de Napoleão, elementos da Brigada Real da Marinha, garantiram a segurança pessoal da família real Portuguesa na sua deslocação para o Brasil.
O Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, constituído após a independência daquela antiga colónia, afirma com orgulho que tem a sua origem na Brigada Real da Marinha Portuguesa.

Já no período de transição do Séc. XIX para o Séc. XX, quando a Europa inicia o seu processo de afirmação colonial em África, Portugal vê-se confrontado com a grande capacidade de potências coloniais, como a França, a Inglaterra e a Alemanha, pelo que considerou necessário afirmar a presença nacional nos territórios que lhe tinham sido atribuídos naquele continente na sequência dos tratados de Berlim.


Os "Marinheiros do Fuzil", integrados nos Batalhões Expedicionários e nas Companhias de Marinha, combateram em Angola, Moçambique e Guiné.Mais recentemente em 1961, quando Portugal se vê envolvido em novo esforço de guerra em Angola, Guiné e Moçambique, os Fuzileiros vestiram o camuflado para combaterem na selva, nos rios, nos montes, na savana, patrulhando os rios, desembarcando em botes e em lanchas, efectuando golpes de mão a partir de Unidades Navais e de helicópteros, garantindo a segurança de instalações de Marinha, participando em combates de todos os tipos.

Estiveram envolvidos nos teatros de operações durante catorze anos cerca de 12.500 homens. Terminados 14 anos de guerra houve necessidade de proceder a uma reestruturação das Unidades de Fuzileiros, adaptando-se ao novo teatro de Operações Nacional e aos requisitos da Aliança de que Portugal é membro fundador. Os efectivos foram reduzidos em 50 por cento, quedando-se nos cerca de 2500 homens, 60 por cento dos quais dos quadros permanentes.

Em 1974 foi criado na dependência do Chefe do Estado-Maior da Armada, o Comando do Corpo de Fuzileiros como estrutura superior de comando dos Fuzileiros com a missão de assegurar a preparação, o treino e a prontidão das Unidades de Fuzileiros. Com a entrada em vigor da Lei Orgânica da Marinha, o Corpo de Fuzileiros passou a integrar a estrutura operacional da Marinha ficando na dependência do Comando Naval.

O Corpo de Fuzileiros integra duas grandes Unidades, a Escola de Fuzileiros e a Base de Fuzileiros, e 7 Unidades Operacionais: o Batalhão de Fuzileiros N.º1, o Batalhão de Fuzileiros N.º2, a Unidade de Meios de Desembarque, a Unidade de Polícia Naval, o Destacamento de Acções Especiais, a Companhia de Apoio de Fogos, e a Companhia de Apoio de Transportes Tácticos.


Como testemunho da sua acção, os Estandartes Nacionais do Corpo de Fuzileiros ostentam numerosas condecorações individuais e as mais altas distinções:

. Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito.
. Três Cruzes de Guerra, colectivas.
. Duas Medalhas de Ouro de Serviços Distintos.
. Ordem do Infante D. Henrique
. Ordem de Liberdade

Desde 1621 mantemos bem vivo o espírito da Infantaria de Marinha, prenuncio do conceito actual das chamadas "Forças Expedicionárias".

Hoje, os Fuzileiros Portugueses prestam estreita cooperação de natureza Técnico-Militar aos Fuzileiros dos novos Países Africanos (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique) e desde 1997 têm participado isoladamente e de forma conjunta ou combinada em Operações de Apoio à Paz e de Assistência Humanitária, na Bósnia-Herzegovina, em Timor-Leste, na ex-República do Zaire, na Guiné-Bissau e em Moçambique.