Navegar sobre a Alma
O Mar Azul e Branco e as Luzidias,
Pedras- O Arfado espaço,
Onde o que está lavado se relava,
Para o rito do espanto e do começo,
Onde sou a mim mesmo devolvido,
Em sal, espuma e concha regressada,
À praia inicial da minha vida.
Os que avançam de frente para o mar,
E nele enterram como uma aguda faca,
A proa negra dos seus barcos,
Vivem de pouco pão e de luar.
Eles habitam entre o mastro e o vento,
Têm as mãos brancas de sal,
E os ombros vermelhos do sol.
Os espantados peixes se aproximam,
com olhos de gelatina,
O mar manda florir seus roseiras de espuma
No Oceano infinito,
Estão detidos num barco,
E o barco tem um destino,
Que os astros altos indicam.