domingo, fevereiro 07, 2010

Toques exactos com palavras perfeitas

Fecho os olhos e penso no presente,
É tudo diferente quando só vemos por dentro,
Tudo é transparente numa terapia nocturna,
Não quero que o dia chegue quero viver na noite escura,
Silencio que me conforta, abençoa num só olhar,
Numa só estrela num só tocar num só amar,
Folgo o fôlego numa espera que tudo mude,
O fogo é tanto com fumo que consumo e ilude,
O tempo e a distância perpetuam novos tempos,
Sem conhecimentos criados sem saber os intentos,
Reinvento palavras que criei no interior do coração,
O significado do amor agora só escrevo a carvão,
Calor que há muito foi sentido não volta tão cedo,
Mas eu sinto que esta história poderia ter outro enredo,
Enlace num entrelaço com dois corpos em pouco espaço,
Se isto seria no passado eu não cairia no mesmo erro crasso,
Faço mil e uma magias para que tu entendas quem sou,
Mas tudo o que consigo é desaparecer e ser o que a poesia deixou,
Fecho-me num eco protegido pelo silêncio,
Oiço só a minha voz que me queima como incêndio,
Carboniza o meu corpo mas o interior ainda brilha,
Sinto-me cada vez mais vivo com um interior que fervilha,
Lanço chamas que aquecem em toques exactos,
Palavras perfeitas representadas em palcos de teatros,
Peças fictícias historias de uma nova terra do nunca,
Poeta Pan que voa sobre um manto de nuvens brancas,
Brancas que me surgem no meu escuro pensamento,
Eu crio as minhas palavras nesta historia que sustento,
Nada será igual daqui para a frente,
Basta fechares os olhos e só veres interiormente.