segunda-feira, junho 07, 2010

O ritmo da nossa cumplicidade

Ao ritmo de uma música suave, escrevo, penso, crio, perco-me. Mergulho na atmosfera dos meus sonhos, onde o tempo é eterno, onde me rodeio somente de sorrisos profundos e nunca me sinto só. Abrigo-me daquilo que em mim me fragiliza, observo-o e procuro entende-lo. Vejo-o na sua dança e, devagar, tento afastar-me para crescer mais forte. Sinto uma paz que me percorre, acaricio a tua doce face, ouço o teu respirar que se espalha na luz ténue e continuo este processo tranquilo que me purga… e retorno a este local sereno em que me sinto perto de ti. Nunca Te cansas de brincar com o vai e vem das ondas. É daquelas pequenas coisas que fazes questão de manter. Sinto-me bem... Aqui é fácil de agradecer cada momento contigo. Ajuda-nos a saber abraçar o que na vida mais nos constrói na plenitude do nosso ser. Às vezes impressiona-me nunca te cansares de dar, dar, dar! Deixas-me ser também eu assim? Não sei qual o caminho certo, mas que a minha entrega seja na tua medida. Gosto de ti...Esvazio-me de mim pensando se haverá forma mais concreta de viver a liberdade e... salto de sorriso em sorriso, no rosto de quem moro (que será sempre o teu). Sabes...contigo sinto o coração calmo. A rede que criámos nunca terá fim, onde quer que estejamos podemos andar de mãos dadas, onde já longe onde a cadeia de sorrisos se propaga e, quase sem me dar conta, percorro o mundo contigo ao meu lado. Por vezes olho-te, quase envergonhado, e pergunto-me quantas formas, texturas e tamanhos já te dei. Avanço agora mais um passo na tua direcção ao mesmo tempo que tiro as mãos dos bolsos e as coloco sobre o teu rosto suave e brilhante, hoje reconheço-te até de olhos fechados, quero que sintas que tens o peso adicional que te conferi, tens as marcas que me foram feitas, marcas essas que são maravilhosas e impossiveis de esquecer...