quinta-feira, novembro 29, 2012

Desvanecido

O tempo da alma sem tempo, de pensar, faz-me isolar, até do isolamento da própria solidão.
Num tempo de descobrimento, sem grito, sem libertar, faz-me atravessar, até o impedimento de cumprir minha missão, de semear a indignação.  De não aceitar toda discriminação, de desapegar da busca do quinhão. É um Querer SER e não TER, de negar meu próprio existir.
Transparente o meu tempo, invisível na tua presença. Esta foi a marca de nascença, onde a minha crença é poetizar, mesmo que sobre a doença, e a desistência de amar.
Infeliz é o momento, em que o firmamento interrompe o brilho do sol, varre com o vento, e joga mar a dentro todo lixo que existe nesse chão.
Que se mata por ódio no coração, que não se vê no semelhante a figura de uma paixão.
Nos espelhos à frente, o reflexo da vaidade, a desigualdade, é apenas um troféu na tua estante.
Mas o amor não obstante, sempre pronto a perdoar, no abraço confortante, que retira todo o rancor na figura da flor, que tem cheiro, cor e sabor...trazida entre os dentes, quebra os selos de toda corrente deste marinheiro cansado, agora tento libertar-me de um mundo doente e podre ( é o teu mundo...que me está a deixar assim, desvanecido de sentimentos). Um dia que leias este texto, peço-te que me perdoes, foi no calor do momento, mas é o que sinto.