domingo, fevereiro 11, 2007

Servimos a Nação Sem Questionar a Razão


I


Os Fuzileiros foram sempre um grupo muito coeso
NUNCA,camaradas em roda pé
Sempre Avante e nunca a ré
Cada qual foi o mais teso
Alguns morreram de pé

II


Sempre Amigos muito unidos e solidários
E quando foi necessario estar prensente
Não tiveram medo dos efeitos contrários
Mesmo contra a maré remaram em frente

III


A Escola de uma vida dura e fragmentada
Como foi os testes porque passaram
Escritos com Lodo e muitos tiros de rajada
Aulas onde os que morriam mataram


IV


Tantos miúdos , sem carinhos
Que ainda estavam a crescer
Quando apareciam uns tirinhos
Tudo podia a contecer
Deviam estar nos seus ninhos
Mas estavam prontos a morrer


V


Foi nos rios da Guiné
De Angola e Moçambique
Que mostraram como é
Nas matas no tarrafo ou Bolama
Nunca utilizaram a manha
E a tudo bateram o pé

VI


Ao Serviço de Portugal fomos Soldados
Pela Nação lutamos , matamos e sofremos
Continuamos em luta mesmo desfardados
Alertando os poderes , que não morremos

VII


Dos responsáveis queremos consideração
Pelos Anos que na guerra perdemos
Não Aceitamos qualquer conspiração
Contra tudo aquilo que merecemos


VIII


Para com a Pátria estivemos disponiveis
Em três frentes de uma guerra atrevida
É justo que sejam muito mais sensiveis
Pelos melhores anos que demos da vida

IX


Fomos Homens de principios e de luta
Fomos Homens deste país , uns filhos queridos
Que seja feita justiça resoluta
Antes que nos Sintamos , mais feridos


X


Doa a quem doer , mas a razão ninguem nos tira
Demos a juventude , a vida e veja-se agora os efeitos
Os nossos direitos estaram sempre na nossa mira
Até que os mesmos sejam reconhecidos e satisfeitos


XI


Se há gente com razão , são os combatentes
É injusto , que o poder insista a ficar indiferente
A Nação chamou-nos e nós estievos presentes
A justiça tem que por em evidencia a sua vertente


XII


Todos conscientes e unidos de Norte a Sul
Com as razões que nos servem de suporte
Honremos os camaradas com menos sorte
Que na Guerra , ou não , encontraram a morte...


Dedico este poema ao meu pai que FOI , É e SEMPRE SERÁ um dos MELHORES FUZILEIROS E FILHO DA ESCOLA QUE CONHECI.

2 Comments:

Blogger JNM said...

Um pai e um filho. Servem a nação sem questionar a razão. Um segue as pisadas do outro, esse é a inspiração, a audácia. O outro fez o que tinha que ser feito. Espero que finalmente um dia alguém reconheça o quanto estes homens, perdidos nas selvas sombrias de uma guerra para onde foram atirados, fizeram para ganhar os combates pela sua pátria. Parabéns aos dois, pois os dois escolheram o caminho que poucos gostariam de trilhar.

sábado, 17 fevereiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Através do teu Pai,deixo aqui a minha sincera homenagem aos homens que na altura FZE-"Fuzileiros Navais Especiais" navegavam nas águas do Niassa em Moçambique...

Portugal precisa de todos...
Os que se revêm no sacrifício, na verdade e nos valores sagrados da nossa Nação!

Para todos vós,os actuais continuadores desta magnífica tropa, o meu sentido abraço solidário deste camarada Comando.

Saúdo também, é claro a Marinha de Guerra Portuguesa.

Mama Sume

Mário Relvas

sexta-feira, 27 abril, 2007  

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